domingo, 26 de julho de 2015

Meu poema na exposição "Poesia Agora", em São Paulo



Foto do meu poema "Versos eróticos", na exposição Poesia Agora, do Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo, com curadoria do meu neto e editor Lucas Viriato.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Divagações de uma segunda-feira...


Eu sou Marina Viriato de Medeiros. Ainda criança, já gostava de escrever, mas meu "leitor e crítico", no caso meu irmão, não aprovava os meus escritos.

Guardei comigo esse dom e bem mais tarde, tarde mesmo, já com mais de 80 anos, viúva, com 8 filhos e suas proles, coloquei no papel minhas inspirações.

Marina V. Medeiros

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Versos antigos — parte VI


encherei páginas e páginas de bobagens
que jamais formarão uma verdade
a minha verdade... pois nada mais sou
que um monte de besteiras e maneiras
e outros erros, dos quais gosto, me orgulho, odeio, expulso

sempre deveria ter escrito, escrito sem parar
canto porque o falar não me basta
visto de som os versos
pra cantar, me perder, me largar na música

o que eu tenho de melhor
eu não sei e não ouso mencionar
qual a graça que teria para os outros?
meus defeitos me completam

me emocionei com o passado
um passado tão pequeno
não sei da minha vida
o quanto viverei

Marina V. Medeiros

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Versos antigos — parte V


me ensine a gostar de você
me levando por teus desertos
me mostrando os teus oásis
me levando por teus penhascos
me revelando todos teus vales
enquanto te ensino a gostar de mim

me ensine a gostar de você
me negando certos caminhos
preservando certos segredos
para que eu nunca goste de tudo
mas sempre mais um pouquinho

me ensina a gostar de você
sendo paciente se o caminho for longo
sendo impaciente se eu caminhar devagar

Marina V. Medeiros

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Versos antigos — parte IV


poucas pessoas, nenhuma talvez,
disseram tanto sobre mim, em tão pouco tempo
por onde você olhou para me ver tão fundo
enxergaste um pedaço do passado
escondido ou preso
numa masmorra escura
que agora tento abrir
com a ponta de um lápis
prisioneiro da auto-censura
me deixei ficar por muito tempo
tenho sentimentos, mágoas, experiências
que quero dividir com o mundo
que é aquilo que me cerca
quantos versos rabisquei
ao tentar dizer solidão
quantas rimas procurei
para descrever a paixão
quantos anos me guardei
até descobrir que o pulso
segue o coração
e não a cabeça

Marina V. Medeiros

terça-feira, 28 de abril de 2015

Versos antigos — parte III


teu coração sem abrigo
vivia exposto ao relento
hoje caminha comigo
dando a mim o alento
para enfrentar o perigo
para cavalgar no vento

Marina V. Medeiros

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Versos antigos — parte II


estou cansada de esperar a inspiração
apagando eu vou recolhendo
aquilo que não quero mostrar
e me escondo atrás dos borrões
não vou mais rabiscar

Marina V. Medeiros

sábado, 11 de abril de 2015

Versos antigos — parte I


vi o passado a se estender à minha frente
remexendo em velhas gavetas
não sei se enxergava longe
ou se muito pouco caminhei
coisas que eu dizia há muito
são coisas que ainda sinto
será que tão pouco mudou?
raspando a casca
o miolo é igual

Marina V. Medeiros

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015