Quem? Aquelas velharias todas!
Este é o engano desta juventude, que acha que só
tem que se incomodar com pai e mãe. Quando muito, avô e avó. É preciso incutir
no mundo dos jovens o respeito para com seus antepassados. Compete a nós (os
futuros antepassados) mostrar o significado de tê-los. O respeito aos
antepassados deve ser cultuado por cada membro de uma família, e não ver os mais
jovens tratando-os como uma “velharia”. O respeito aos antepassados deve ser
cultuado por cada membro de uma família. Esse respeito é essencial para
educação das gerações futuras.
É verdade que a culpa desta falta de respeito é
exclusivamente nossa, os “futuros antepassados”, que não ensinamos às gerações
futuras o papel que representam os antepassados. Não são só os barões
assinalados e outros personagens brasonados que devem ser cultivados. Por exemplo: o sapateiro cujo filho
provavelmente aprendeu o ofício do pai, irá ter respeito pelo pai, mesmo sem
saber quem foi seu avô, e mesmo sem ter a ideia de que eles são seus
antepassados.
A família engloba os vivos e os que já morreram,
que, portanto, devem ser vistos com respeito. Eles são exemplares do que é uma
família. No continente africano existe esse culto respeitoso aos antepassados.
Inclusive, é assim que a lembrança dos que vieram antes passa a ser parte da
história de um povo, de uma nação. Podem incutir nos seus futuros filhos. A ideia
de que eles formam uma família, família essa que pode ser unida a outra família
e a diversas outras, que irão formar uma cidade; e se juntarmos outras cidades
a ela, teremos um país. Quando se unem as histórias de um povo, ou seja, de uma
nação, forma-se a história da humanidade.
Marina V. Medeiros